lunes, 14 de octubre de 2013

Pregos no Poste


"Era uma vez um fazendeiro que tinha um filho chamado John, um menino muito habilidoso, mas inconsequente e desatento ao que lhe diziam para fazer. 

Um dia, o pai lhe disse: 


- John, você é tão descuidado e distraído, toda vez que fizer algo errado, vou enfiar um prego neste poste, para você reparar quantas vezes você faz bobagens. E toda vez que você agir certo, vou retirar um prego. 


O pai fez o que disse, e todo dia tinha um monte de prego para enfiar, mas raramente algum para retirar. 

Por fim, John reparou que o poste já estava muito coberto de pregos e sentiu vergonha de tantas falhas. Resolveu ser um menino melhor e, no dia seguinte, foi tão bom e cuidadoso que vários pregos foram retirados. No dia seguinte, foi a mesma coisa, e assim por um longo tempo, até que finalmente só restou um prego. Seu pai o chamou e disse: 


- Olhe, John, este é o último prego e já vou retirá-lo. Está contente ? 


John olhou para o poste e então, em vez de mostrar alegria como o pai esperava, explodiu em lágrima. 

- Ora - disse o pai - o que foi ? Pensei que você ia ficar muito feliz; os pregos acabaram-se todos !


- É - soluçou John - "os pregos" sumiram, mas as "marcas ainda estão aí." 


E é a mesma coisa com os vícios e os maus hábitos, podemos superá-los, consertá-los pouco a pouco, mas as marcas ficam. Por isso, a cada vez que percebemos estar fazendo alguma coisa errada ou adquirindo um mau hábito, é bom pararmos logo. Pois cada vez que cedermos, vamos estar enfiando um outro prego no poste e isso vai deixar a sua "marca", mesmo que, mais tarde, o prego seja retirado.


domingo, 26 de agosto de 2012

Amigo de verdade




Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem discutiram. 

O amigo ofendido, sem nada dizer,
escreveu na areia:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.

Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se.
O que havia sido esbofeteado começou a 
afogar-se sendo salvo pelo amigo.
Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.

Intrigado, o amigo perguntou:

Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora que te salvei, escrevestes na pedra?

Sorrindo, o outro amigo respondeu:

Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar. 
Porém quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória e do coração; onde vento nenhum do mundo poderá apagar.

jueves, 19 de julio de 2012

Medo de Amar


O céu está parado, não conta nenhum segredo
A estrada está parada, não leva a nenhum lugar
A areia do tempo escorre entre meus dedos
        Ai que medo de amar!

O sol põe em relevo todas as coisas que não pensam
Entre elas e eu, que imenso abismo secular...
As pessoas passam, não ouvem os gritos do meu silêncio
        Ai que medo de amar!

Uma mulher me olha, em seu olhar há tanto enlevo
Tanta promessa de amor, tanto carinho para dar
Eu me ponho a soluçar por dentro, meu rosto está seco
         Ai que medo de amar!

Dão-me uma rosa, aspiro fundo em seu recesso
E parto a cantar canções, sou um patético jogral
Mas viver me dói tanto! e eu hesito, estremeço...
        Ai que medo de amar!

E assim me encontro: entro em crepúsculo, entardeço
Sou como a última sombra se estendendo sobre o mar
Ah, amor, meu tormento!... como por ti padeço...
        Ai que medo de amar!

(Vinicius de Moraes)
Petrópolis, fevereiro de 1963.



sábado, 14 de julio de 2012

Abra a porta


Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto.
Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, 
levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros em um canto e
 uma imensa porta de ferro do outro, 
na qual haviam gravadas figuras de caveiras.
Nesta sala ele os fazia ficar em círculo, e então dizia:
- Vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros, 
ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados.
Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.
Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:
- Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que havia por trás da assustadora porta?
- Vá e veja.
O soldado então a abre vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, 
raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente, 
até que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade.
O soldado admirado apenas olha seu rei que diz:
- Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.
Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar? 
Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?

(Autor desconhecido)

ACREDITE:...


 ACREDITE: DEUS COLOCA AS PESSOAS CERTAS NOS MOMENTOS CERTOS DA NOSSA VIDA...

sábado, 30 de junio de 2012

Ilha dos Sentimentos


Era uma vez uma ilha, onde moravam todos os sentimentos: a Alegria, a Tristeza, a Sabedoria e todos os outros sentimentos. Por fim o Amor 
Mas, um dia, foi avisado aos moradores que aquela ilha iria afundar. 
Todos os sentimentos apressaram-se para sair da ilha.

Pegaram seus barcos e partiram. Mas o Amor ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha, antes que ela afundasse. 
Quando, por fim, estava quase se afogando, o Amor começou a pedir ajuda. 
Nesse momento estava passando a Riqueza, em um lindo barco. O Amor disse:

- Riqueza, leve-me com você.
- Não posso. Há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para você.

Ele pediu ajuda a Vaidade, que também vinha passando.

- Vaidade, por favor, me ajude.
- Não posso te ajudar, Amor, você esta todo molhado e poderia estragar meu barco novo.

Então, o amor pediu ajuda a Tristeza.

- Tristeza, leve-me com você.
- Ah! Amor, estou tão triste, que prefiro ir sozinha.

Também passou a Alegria, mas ela estava tão alegre que nem ouviu o amor chamá-la.
Já desesperado, o Amor começou a chorar. Foi quando ouviu uma voz chamar:

- Vem Amor, eu levo você!

Era um velhinho. O Amor ficou tão feliz que esqueceu-se de perguntar o nome do velhinho. 
Chegando do outro lado da praia, ele perguntou a Sabedoria.

- Sabedoria, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui?

A Sabedoria respondeu:

- Era o TEMPO.
- O Tempo? Mas porque só o Tempo me trouxe?
- Porque só o Tempo é capaz de entender o " AMOR".